Lua Minguante
- Valeria Petersen
- 14 de jan. de 2015
- 2 min de leitura
Neste momento minguante, na pista de dança do ciclo lunar, a música começa diminuir, os passos ficam mais lentos, o entusiasmo do início da festa já não é tanto e chega a hora de ir embora. No dia seguinte em casa vem aquele momento de reflexão e avaliação dos resultados. Cada um fica com um sentimento diferente. Uns contentes porque saíram com o telefone da gatinha, outros com azia e mal-estar por conta de uma ressaca moral e/ou física, outros ansiosos pela chegada da próxima festa, enquanto que outros estão ajoelhados prometendo que nunca mais irão voltar. Brincadeiras e analogias a parte, na fase minguante, o pedido é de interiorização/voltar pra casa. Tentar ficar cada vez mais em silêncio e perceber como nos sentimos com os efeitos da fase de lua cheia. Se, ficou algo inacabado chegou a hora de resolver para não entrar com pendengas no novo ciclo e, se for preciso, agir para fazer correções. Mas, o que não vingou até agora, é bem capaz que não vingue mais. Estamos na fase de menor força de atração gravitacional da Lua sobre a Terra. O mais baixo nível de volume de água no nosso corpo e planeta, por isso a hora é boa para livrar-nos de coisas no plano físico e emocional. Lembrando que o mais importante é estar bem por dentro para que isso se reflita fora. Diminuir o peso, fazer dietas, desintoxicação, cortar o cabelo pra manter por mais tempo, depilação, limpeza de pele, e não vamos nos esquecer, dos relacionamentos. Relações que não estão mais rolando é bom ver o que está acontecendo e se não tiver mais jeito, finalizar, mas ao mesmo tempo, se a relação começar agora, há mais chance de envolvimento. Enfim, o formato da Lua muda de uma noite para a outra, mas a repetição mensal dos seus padrões é certa. A Lua é uma grande contradição: inconstante apesar de possuir seus ciclos exatos. Simplesmente fascinante.

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