Sol e Plutão em quadratura; Lua cresce em Escorpião.
- Valeria Petersen
- 11 de out. de 2018
- 3 min de leitura

Tem briga de cachorro grande no céu. A mente e as emoções se misturam num imenso bololô.
É só observar. Quase todos nossos pensamentos costumam ser involuntários, automáticos e repetitivos. E, geralmente, são sempre os mesmos mantras. Sabe aquela figura do anjinho e do diabinho sussurrando nos ouvidos???
Pois é. É ela. A voz da nossa cabeça que tem vida própria e vive martelando pensamentos negativos, angustiantes e sombrios.
Numa época me consultei com uma terapeuta que sempre dizia:"A mente é uma vadia".(risos)! Você não pode dar uma vacilada que ela já toma conta, e ao invés de ir para os pensamentos mais elevados, ela vai para a problemática, para o que falta, para o
confronto.
Somos possuídos pela mente e como nestes últimos tempos, nossa "loucura" e agressividade inconsciente está escancarada, cabe a nós, silenciar e decidir se ouvimos o "diabinho" ou damos mais atenção para o "anjinho".
A seguir um trecho do livro O despertar de uma nova consciência de Eckhart Tolle. Lindo dia luminoso pra todos nós!
"A maioria de nós está à mercê da mente; as pessoas vivem possuídas pelo pensamento, pela mente. E, uma vez que a mente é condicionada pelo passado, então somos forçados a reinterpretá-lo sem parar. O termo oriental para isso é carma. Quando nos identificamos com essa voz, ignoramos isso. Se soubéssemos, não seríamos mais possuídos por ela, porque a possessão só acontece de verdade quando confundimos a entidade que nos domina com quem nós somos, isto é, quando nos tornamos essa entidade.
Ao longo de milhares de anos, a mente vem intensificando seu domínio sobre a humanidade, que deixou de ser capaz de reconhecer a entidade que se apossa de nós como o "não-eu".
O grau de identificação com a mente difere de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas desfrutam de períodos em que se encontram libertas do domínio da mente, ainda que brevemente.
A paz, a alegria e o ânimo que elas experimentam nesses momentos fazem a vida valer a pena. Essas também são as ocasiões em que a criatividade, o amor e a compaixão se manifestam. Outras pessoas se mantêm presas ao estado egóico de modo contínuo. Permanecem alienadas de si mesmas, assim como dos demais e do mundo ao redor. Quando as observamos, conseguimos ver a tensão na sua face, talvez a testa franzida ou um olhar vago e distante. A maior parte da sua atenção está sendo absorvida pelo pensamento, por isso não nos vêem nem nos escutam.
A voz na cabeça conta ao corpo uma história em que ele acredita e à qual reage. Essas reações são as emoções. Estas últimas, por sua vez, devolvem energia para os pensamentos que as criaram originalmente. Esse é o círculo vicioso entre emoções e pensamentos não questionados que suscita o pensamento emocional e a invenção de histórias emocionais.
O que é uma emoção negativa? É aquela que é tóxica para o corpo e interfere no seu equilíbrio e funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, ressentimento, tristeza, rancor ou desgosto intenso, ciúme, inveja - tudo isso perturba o fluxo da energia pelo corpo, afeta o coração, o sistema imunológico, a digestão, a produção de hormônios, e assim por diante. Até mesmo a medicina tradicional, que ainda sabe muito pouco sobre como o ego funciona, está começando a reconhecer a ligação entre os estados emocionais negativos e as doenças físicas.
Uma emoção que prejudica nosso corpo também contamina as pessoas com quem temos contato e, indiretamente, por um processo de reação em cadeia, um incontável número de indivíduos com quem nunca nos encontramos. Existe um termo genérico para todas as emoções negativas: infelicidade. Será que as emoções positivas têm o efeito oposto sobre o corpo físico? Será que fortalecem o sistema imunológico, revigoram e curam o corpo? Sim, com certeza, mas precisamos diferenciar as emoções positivas que são produzidas pelo ego das emoções mais profundas que emanam do nosso estado natural de ligação com o Ser.
As emoções mais profundas não são emoções de maneira nenhuma, e sim estados do Ser. Elas existem dentro do âmbito dos opostos. Os estados do Ser podem ser obscurecidos, porém não têm opostos. Eles emanam de dentro de nós, como o amor, a alegria e a paz, que são aspectos da nossa verdadeira natureza".
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