Lua míngua em Câncer
- Valeria Petersen
- 30 de jul. de 2019
- 2 min de leitura

O intenso mês de julho se encerra, e nos aproximamos cada vez mais de um novo ciclo leonino, com a Lua Nova em Leão em 1º de agosto, que virá acompanhada pela retomada do movimento direto de Mercúrio.
Mas hoje ainda, a Lua faz contatos desafiadores com a dupla Saturno e Plutão, que não deixa passar nada em vão e nos ensinam "na marra" os resultados de nossas escolhas.
Segue uma história budista para nossa reflexão:
"Kantaka era um homem mau. Sem a menor piedade, matava e roubava. Não perdoava nem mesmo filhotes recém-nascidos, tal a sua maldade.
Certo dia, estava passando por uma estrada e viu uma aranha no chão. Pela primeira vez na vida, ele se desviou da aranha e a deixou viver.
Kantaka morreu, e seu carma prejudicial era tanto que ele foi imediatamente para os reinos de grande sofrimento. Não estava só. Havia um grande número de outros seres sofrendo, física e mentalmente perturbados. Assim sofria Kantaka, o resultado de suas más ações, quando, de repente, viu uma aranha descendo por um fio de prata. A aranha se aproximou de Kantaka e o convidou a subir pela sua teia.
- Mas é muito fina e frágil - hesitou ele
- Tente - disse a aranha - Você não pisou em mim quando estava caminhando pela estrada. Por causa dessa boa ação sou capaz de levá-lo a um local melhor do que este.
Sem mais nada a perder, Kantaka se agarrou àquele finíssimo fio e começou a subir. Estava contente. Ia se livrar dos infernos. Nisso, sentiu o fio tremer. Olhou para baixo e outros seres em sofrimento tentavam se agarrar à teia da aranha. Temendo que o fio não aguentasse outras pessoas, Kantaka começou a chutar a cabeça dos que tentavam subir. E o fio se partiu".
"Dois aspectos a considerar nessa história. A primeira é sobre a lei da casualidade, também chamada de carma. Para toda ação repetitiva, haverá uma reação. Como marcas de rugas na face. Se quisermos interromper o processo, teremos de fazer um grande esforço para modificar a utilização dos músculos da face.
Carma em si quer dizer ação. Pode ser maléfico, benéfico ou neutro. Individual ou coletivo. Pode ser fixo ou não. Podemos produzir carma benéfico e não receber seus efeitos por muito tempo, mas inevitavelmente chegarão. Podemos produzir carma maléfico e também demorar para receber seus efeitos, mas eles virão.
O segundo aspecto é sobre força, o poder do arrependimento. Arrepender-se significa transformar-se, metanoia. Não é apenas pedir desculpas ou receber o perdão de alguém. É mais que isso: é assumir a responsabilidade e se comprometer a mudar. Esses são os elementos-chave para abrir a porta do carma.
A lei é inexorável e impessoal. Quem fizer o bem receberá o bem. Quem fizer o mal receberá o mal. Se houver arrependimento haverá um abrandamento. Se houver sabedoria, haverá libertação". Monja Coen
ALOHA e lindo dia para todos nós!
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