Lua Cheia em Virgem
- Valeria Petersen
- 10 de fev. de 2020
- 2 min de leitura

Após uma noite de muito glamour de entrega do Oscar, amanhecemos com a Lua Cheia em Virgem, que de glamour não tem nada. Agora, vale lembrar que em meio a este cenário hollywoodiano, tivemos o prazer de assistir ao premiado diretor sul-coreano, enaltecendo seus concorrentes num gesto de humildade e gratidão, e o também, premiadíssimo Joaquim Phoenix, mandando mais uma vez um discurso consciente e crítico. E se ainda não assistiu? Vá assistir o Parasita.
Hoje o dia promete. Vamos usar o melhor da nossa mente crítica e prestar muita atenção ao nos comunicar e no ir e vir, porque não está fácil. Calma. Respire. Se não tem certeza e clareza, é preferível calar. Vamos lá, então? E com vocês, o speech do impactante "Joker":
“Não me sinto acima de nenhum dos outros indicados ou de qualquer outra pessoa nesta sala. Todos nós compartilhamos o mesmo amor pelo cinema. Esse meio me deu tantas coisas extraordinárias que nem sei o que eu seria sem ele”, afirmou. “Mas acho que o maior presente que me deu, e a muitos nessa sala, é a oportunidade de usar nossa voz pelos que não têm.
Phoenix continuou: “seja falando sobre desigualdade entre gêneros, racismo, direitos LGBTQ+ ou indígenas, direitos dos animais, estamos falando sobre lutar contra a ideia de que uma nação, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outros sem impunidade. Acredito que nos desconectamos demais do mundo natural, e nos sentimos culpados por ter uma visão egocêntrica, a crença de que estamos no centro do universo.
“Entramos no mundo natural, roubamos seus recursos. Nos sentimos no direito de inseminar artificialmente uma vaca e então roubar seu bebê quando ele nasce, mesmo que seus gritos de angústia sejam perceptíveis. E então bebemos o leite que é destinado ao bezerro e colocamos em nosso café e cereal”, argumentou.
“Quando usamos amor e compaixão como nossos princípios, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente.”Phoenix explicou como o cinema mudou sua vida para a melhor.
“Fui um canalha minha vida toda. Fui egoísta, cruel às vezes, alguém difícil de trabalhar. Estou grato porque muitos aqui nessa sala me deram uma segunda chance. Acredito que estamos no nosso ápice quando apoiamos uns aos outros. Não quando nos cancelamos por erros passados, mas sim quando nos ajudamos a crescer. Educamos uns aos outros, e nos guiamos no caminho pela redenção.”
Por fim, o ator terminou de forma melancólica ao lembrar de seu falecido irmão River Phoenix, que sofreu uma overdose aos 23 anos de idade, em 1993. “Quando ele tinha 17 anos de idade, meu irmão escreveu uma música em que dizia ‘vá ao resgate com amor, e a paz o seguirá",
ALOHA e PARA o ALTO E AVANTE! Boa semana!
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